Orgulho é um espetáculo de quatro cenas que passeia entre o drama e a comédia. Em cena um ator trapezista, que representa “o Orgulhoso”; e um contrabaixista (acústico), que aparece como uma espécie de alter ego brincalhão.
Neste espetáculo, o uso das técnicas aéreas circenses, que caracterizam o trabalho da Companhia, cria a metáfora para a busca do personagem central: o “grande feito”, o sucesso, o “chegar mais alto” para ser visto. O tema do espetáculo – o ego (egoísmo, egocentrismo) – é desenvolvido a partir de uma máxima: “num mundo globalizado, o que importa é o sucesso individual”. “O Orgulhoso” pode ser um “Batman” envelhecido, sempre no ar, confrontando seu medo, seu desejo por justiça e suas habilidades heróicas; Um homem comum, que se enrola em cordas que o sufocam, e busca o “grande feito” como sua salvação; Um trapezista que se preocupa mais com seu ego do que com os truques que deve desempenhar; Um bêbado que paira um pouco acima dos seus semelhantes, entra em violento conflito com o seu próprio ego e termina derrubado, morto pelo mesmo. Intenso e perigoso, Orgulho alia o circo de Rodrigo Matheus à música de Thibault Delor; o teatro de Carla Candiotto à dança de Sandro Borelli; num espaço cênico de Márcio Medina. |